quarta-feira, 9 de julho de 2008

PMs que mataram menino são transferidos para o Batalhão Prisional Especial

Rio - O cabo William de Paula e o soldado Elias Gonçalves, acusados de matar João Roberto Amorim, 3 anos, ao atirar no carro da família dele, domingo, na Tijuca, Zona Norte, foram transferidos na madrugada desta quarta-feira do 6º BPM (Tijuca), onde estavam presos administrativamente, para o Batalhão Prisional Especial, em Benfica, Zona Norte do Rio, onde cumprem prisão temporária de 30 dias. Eles atravessaram o pátio do batalhão escondendo o rosto atrás de colchonetes.
O delegado Walter Alves, responsável pelo caso, indiciou os dois PMs por homicídio doloso qualificado, quando há a intenção de matar sem dar chance de defesa à vítima. A polícia está fazendo diligências para chamar testemunhas para prestar depoimento.
O comandante do Batalhão da Tijuca informou que os acusados sustentam a mesma versão: de que o carro da família de João Roberto ficou no meio do fogo cruzado durante uma perseguição policial. Mas a família diz que foi o único alvo dos policiais, versão confirmada por uma testemunha e pelas imagens das câmeras de segurança de um prédio que fica próximo ao local do crime.
O governador Sérgio Cabral pediu a exoneração dos dois PMs na noite desta terça-feira. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio, Wadih Damous, classificou a ação como desastrosa e disse que os policiais fluminenses são despreparados, mal equipados e mal pagos. Ele também responsabilizou as autoridades fluminenses pela ação e pelo problema na segurança pública do Rio de Janeiro.

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